Dedicado à exploração aprofundada do gênero musical funk em Goiânia, a Ginga Funk é um estúdio de dança em plena atividade desde 2022. Seu propósito vai além da simples dança, ele visa ensinar, impulsionar e enriquecer as manifestações culturais negras.
O local possui um olhar voltado para pessoas negras, periféricas e o público LGBTQIAP+. Vale ressaltar que o espaço acolhe a todos os interessados em desenvolver suas habilidades na dança, independentemente do nível de experiência. Com uma atmosfera inclusiva e acolhedora, proporcionamos oportunidades para o pleno desenvolvimento de cada indivíduo, celebrando a diversidade e fomentando o crescimento artístico e pessoal.
O estúdio se diferencia ao oferecer modalidades como funk brasileiro, jazz dance e hip-hop, com ênfase na capacitação de dançarinos(as) negros(as) para o cenário comercial, abrangendo participações em videoclipes. O projeto tem em vista criar obras audiovisuais e espetáculos de dança que abordem marcadores sociais da diferença, como classe, raça e gênero, proporcionando uma expressão artística única e inclusiva. O espaço proporciona a oportunidade de participar da primeira aula experimental gratuitamente.
Originária da periferia de Osasco em São Paulo, a professora Susan Santos, juntamente com o músico, Riggye Diamantino, são os fundadores da Giga Funk. Susan, transcende as expectativas como uma mulher negra multifacetada, deixando sua marca como Artista, Arte-Educadora e líder de projetos culturais vanguardistas. A professora é Licenciada em Dança pela UFG e Mestranda em Antropologia Social.
Ryggie Diamantino Cruz, parceiro criativo de Susan, é uma força ascendente. Ator, músico e produtor cultural, cursa bacharelado em Música na UFG e desde 2016 molda o cenário artístico e cultural de Aparecida de Goiânia pelo Pontão de Cultura Cidade Livre. A colaboração com Susan destaca-se como uma fusão de talento, dedicação e visão compartilhada de empoderamento através da educação, arte e cultura.
Um dos notáveis trabalhos de Susan é o projeto cultural “Goiânia: Parada para o Funk como Proposta de Educação em Dança”, concebido em 2017 e realizado em 2022. Este projeto não apenas abordou o funk em Goiânia sob uma perspectiva decolonial, mas também desempenhou um papel crucial em destacar a importância da cultura negra e periférica na região.
Além disso, o impactante documentário “Dance Funk!”, presente no canal da Ginga Funk no YouTube, foi financiado pelo edital Novos Artistas do Fundo de Arte e Cultura de Goiás em 2017, alcançando destaque ao ser exibido no renomado Festival Internacional de Cinema FICA 2023.
Ambos os trabalhos de Susan contribuíram significativamente para enriquecer e preservar a diversidade cultural da comunidade, promovendo uma valorização essencial das expressões artísticas afro-brasileiras. Além de promover o desenvolvimento social das pessoas menos favorecidas, incentivando-as a perseguir com os seus sonhos e a confiar em si mesmas.
Você sabia disso?
O funk não surgiu na forma que conhecemos atualmente. Originado a partir da soul music, um estilo musical influenciado pelo Rhythm and blues e pelo gospel nos Estados Unidos, principalmente entre a comunidade afro-americana, surgindo entre o final dos anos 1950 e o início dos anos 1960, o funk passou por uma série de transformações ao longo dos anos.
Introduzido no Brasil no final da década de 1970, os primórdios dos bailes funks tinham como cenário a Zona Sul do Rio de Janeiro, uma área notadamente nobre da cidade. Foi somente com a ascensão da Música Popular Brasileira (MPB) e a utilização do “Canecão” como palco para apresentações desse gênero musical que os “Bailes da Pesada” começaram a se expandir para o subúrbio.


Fotos: Caju Bento
Contatos
Telefone: (62) 98245-2424.
E-mail: escolagingafunk@gmail.com
Endereço: Edifício Marlene Alvarenga, sala 301, localizada na Avenida Goiás, 350 — Setor Central, Goiânia–GO, CEP 74.120-080.