O rapper americano Sean Combs, de 54 anos, mais conhecido como P. Diddy, deve ser processado por mais de 100 supostas vítimas por crimes como estupro, agressão sexual e exploração sexual, informou Tony Buzbee, advogado responsável pelo processo na terça-feira (1), a imprensa americana.
O cantor que se declara inocente segue detido preventivamente no Centro de Detenção Metropolitano, no Brooklyn, em Nova York, desde o dia 16 de setembro sob acusação de conspiração para extorsão e tráfico sexual, sem direito a liberdade sob fiança e aguarda o julgamento pelas acusações na esfera federal.
Diddy é dono de um império na música e no entretenimento, ficou conhecido por músicas como “Last Night” e “I’ll Be Missing You”, construindo uma carreira sólida como rapper. Se destacou na indústria na década de 90 como produtor executivo na Uptown Records e depois por fundar a Bad Boys Records, que lançou diversos grandes nomes, fazendo sucesso como empresário e sendo muito influente no mundo da música.
Confira o retrospecto:
As acusações vieram átona em 2023 quando a cantora Cassie Ventura denunciou o rapper por abuso sexual, assédio e estupro durante o relacionamento que tiveram de 2007 a 2018, o caso acabou sendo resolvido através de um acordo fora dos tribunais.
Ainda no ano passado, Joi Dickerson-Neal acusou Diddy de drogá-la e abusá-la sexualmente em 1991, quando tinha 19 anos de idade. Já uma mulher não identificada acusou o cantor de participar de um estupro em grupo contra ela em 2003.
Em fevereiro de 2024, surgiu novas acusações, agora do produtor Rodney Jones, conhecido como Lil Rod, que também acusou Diddy de assédio sexual, de drogá-lo e além disso ameaça-lo durante a produção do álbum “Off The Grid”.
No mês seguinte, março, houve uma investigação federal relacionada a tráfico sexual e agentes realizaram buscas em propriedades do cantor em Los Angeles e Miami.
Já em maio, a CNN divulgou um vídeo do rapper agredindo sua ex-mulher Cassie em um hotel em 2016, que acabou trazendo ainda mais visibilidade para o caso. Diddy ainda assumiu a responsabilidade pela agressão e afirmou que seu comportamento era indesculpável.
Após essas denúncias, surgiram outras como a da Crystal Mckinney (ex-modelo), April Lampros, Adria English e a de Dawn Richard, integrante dos grupos Danity Kane e Diddy-Dirty Money, que foi a última denúncia realizada antes do rapper ser preso no dia 16 de setembro.