No dia 10 de outubro, a cidade de Faina decretou situação de calamidade pública depois de todos os moradores acabarem ficando sem água. O Rio do Peixe é a principal fonte de abastecimento do município e praticamente secou na semana passada por conta da estiagem extrema, assim ficou impossível de bombear água para a estação de tratamento.
Uma semana antes do acontecido a cidade já passava por campanhas de racionamento graças ao baixo nível do rio. Após o curso d’água se extinguir ouve a declaração de situação de estado de emergência pela Prefeitura e o Corpo de Bombeiros utilizou um autotanque para poder transportar a água de um manancial próximo, garantindo o abastecimento da cidade e evitando a interrupção total do fornecimento.
Depois do decreto do desabastecimento de água na cidade, foi montado uma operação do Gabinete Estadual de Ações Integradas com órgãos ambientais municipais e estaduais para combater a crise hídrica que atinge Faina.
A ação reuniu o Ministério Público de Goiás (MP-GO), Defesa Civil, Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Polícia Civil e Secretaria de Meio Ambiente de Faina.
Além da seca e da erosão do solo, foi identificado bombas irregulares instaladas em rios da região que desviavam a água para irrigar pomares e plantações de propriedades rurais. Os seis pontos de captação não autorizados foram localizados e interrompidos, os responsáveis foram notificados pelo órgão responsável e terão 60 dias para regularizar a situação.
Em algumas dessas propriedades notificadas não foi encontrado bombas instaladas, mas sim mangueiras que eram utilizadas para captação de água. O município de Faina foi orientado pela Semad sobre a necessidade de regularização das outorgas de água.
Segundo o MP-GO, as nascentes dos rios da cidade não puderam ser visitadas durante a operação realizada, isso porque os proprietários não haviam sido previamente informados. Visto à complexidade do trabalho que deve ser feito nas nascentes, essa etapa acabou sendo deixada para realizarem em um momento futuro e priorizaram inicialmente os pontos já identificados.